frases do maio de 68
'Não fazemos outra coisa. Impossível é o pão em cada boca. Uma justiça de olhos lúcidos. Um encontro com a fonte no fim do dia. Sejamos realistas. Exijamos o impossível' "A imaginação no poder"
"É proibido proibir"
"A barricada fecha a rua. Mas abre o caminho"
"As paredes têm ouvidos. Seus ouvidos têm paredes"
"A mercadoria é o ópio do povo"
"Trabalhadores do país, divirtam-se"
"Abolição da sociedade de classes"
"Criemos o comitê dos sonhos"

.......cronologia

68 NO BRASIL28.mar - O estudante Edson Luís de Lima Souto é morto em confronto com a polícia, no restaurante Calabouço, no Rio17.abr - 68 municípios são considerados áreas de segurança nacional e proibidos de realizar eleições municipais26.jun - 100 mil pessoas saem às ruas no Rio contra o regime militar18.jul - Membros do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) invadem e depredam o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, além de espancar o elenco da peça "Roda Viva"02.out - Confronto entre estudantes da USP e alunos do Mackenzie termina com a morte do estudante José Guimarães e o fechamento da Faculdade de Filosofia da USP12.out - A polícia prende 1240 estudantes no 30º Congresso da UNE, em Ibiúna01.nov - A rainha Elizabeth, da Inglaterra, chega ao país, em visita oficial de 12 dias22.nov - É criado o Conselho Superior de Censura13.dez - O governo baixa o Ato Institucional nº 5 que decreta o recesso do Congresso, das Assembléias Legislativas e Câmara dos Vereadores. São suspensos: os direitos políticos por até 10 anos; o habeas corpus nos casos de crime político, contra a segurança nacional13.dez - A Câmara dos Deputados rejeita o pedido de autorização para processar o deputado Márcio Moreira Alves22.dez - Os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil são presos no RioMAIO NO MUNDO1º de maio - Na Grã-Bretanha, o Dia do Trabalho pega fogo em razão da crise, do desemprego em alta e do racismo. A federação metalúrgica anuncia greve para o dia 15.No Oriente Médio, o mundo árabe protesta contra o desfile militar anunciado por Israel para 2 de maio na Jerusalém Oriental, ocupada depois da guerra de junho de 1967. O Conselho de Segurança da Onu pediu em vão que Israel renunciasse à decisão. Nos Estados Unidos, no fim de abril, o líder do grupo Black Power, Stokely Carmichael, casou-se com a cantora sul-africana Myriam Makeba, exilada há anos de seus país, dominado pelo apartheid.Na Espanha, manifestações anti-franquistas.Na França, forte tensão nas universidades parisienses de Sorbonne e Nanterre. Durante todo o mês de abril, estudantes de esquerda e fascistas do grupo Ocidente se enfrentam diversas vezes. 2 de maio - No Oriente Médio, todas as lojas árabes são fechadas em Jerusalém por ocasião da parada militar israelense. Os árabes não saem de suas casas, para protestar. O primeiro-ministro Eshkol declara que Israel não voltaria jamais às fronteiras de antes da guerra, consideradas como "não seguras". Nos Estados Unidos, a "marcha dos pobres", liderada pelo reverendo Ralph Abernathy e por Coretta King, parte de Memphis ao hotel onde foi assassinado Luther King. O milionário Nelson Rockefeller é candidato republicano à presidência dos EUA. Ele representa a esquerda do partido. Na França, a faculdade de letras de Nanterre é fechada. Na manhã do dia seguinte, a polícia invadirá o campus. Na Sorbonne, os fascistas destroem a sede da entidade estudantil Unef. 3 de maio - Nos EUA, a polícia abandona a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde ela havia evacuado os estudantes ocupantes em 30 de abril com uma violência jamais utilizada antes, pelo menos contra os brancos. Na Espanha, terceiro dia de manifestação e enfrentamentos em Madri. Na França, trezentos estudantes se reúnem na Sorbonne para protestar contra o fechamento de Nanterre. As CRS (Companhias Republicanos de Segurança) cercam a universidade. As negociações entre os estudantes e a polícia duram horas, enquanto os estudantes se agrupam nas ruas vizinhas. Violentos enfrentamentos à noite. Os EUA e o Vietnã do Norte anunciam haver chegado a um acordo para o começo das "pré-negociações de paz" em Paris em 10 de maio. As conversas deveriam conduzir a uma nova Conferência de Genebra.4 de maio - A Unef e o sindicato de professores proclamam uma greve geral e uma manifestação a partir das seis. No mesmo horário está prevista a reunião da comissão disciplinar da universidade à qual deveriam comparecer seis estudantes, entre os quais Daniel Cohn-Bendit. Na União Soviética, uma delegação do partido comunista tchecoslovaco liderada por Dubcek está em Moscou. Na França, o ministro de assuntos estrangeiros está no centro dos preparativos para as negociações entre os EUA e o Vietnã do Norte. 5 de maio - Na Itália, o homem que imprimia o jornal estudantil de Milão "La Zanzara" é condenado a oito meses. Na ocasião do processo para uma enquête sobre a sexualidade juvenil, ele tinha escrito uma carta indignada ao procurador da república. Ele era perseguido na justiça por ofensa. Nos EUA, canções escritas em homenagem a Luther King se multiplicam: "Why? The King of Love is Dead" de Nina Simone, "It's up to Me and You", cantada por Ella Fitzgerald, uma parte escrita por Oliver Nelson, e um réquiem composto por Ronnie Roullier.Na França, seis estudantes são perseguidos na justiça pelos enfrentamentos do dia 3; quatro são condenados a penas em regime fechado. A Sorbonne continua ocupada pela polícia.No Vietnã, a resistência sul-vietnamita ataca as tropas em 122 localidades as tropas americanas. É uma ofensiva política para influenciar as negociações de Paris. 6 de maio - No Vietnã, a ofensiva vietcongue se concentra em Saigon. Combates ao redor do aeroporto e em vários quarteirões. Oitenta novos objetivos militares são atacados em todo o país. Na Tchecoslováquia, numa entrevista sobre as negociações de Moscou, Dubcek se mostra muito tranqüilo, mas não esconde as "preocupações" expressas pelos russos a propósito de uma eventual exploração anti-socialista do processo de democratização. Na Itália, o processo pelos enfrentamentos na praça Cavour é finalizado com uma condenação a dez meses e três a oito meses. A acusação tinha pedido condenações a até dez anos. Os acusados serão liberados no dia seguinte. Na França, um cortejo de 15 mil pessoas parte da Sorbonne, passa pela margem direita do Sena, e faz uma manifestação diante do Palácio Real, volta ao Quartier Latin e tenta ocupar a universidade. Os estudantes se enfrentam até a noite com a polícia; 487 são feridos. 7 de maio - Na Itália, no festival pop de Roma, a polícia invade o palco assim que a banda Move cria alguns efeitos especiais à base de explosivos.No Vietnã, os vietcongues ocupam o quarteirão industrial e comercial de Cholon, em Saigon. Os aviões americanos bombardeiam as zonas da capital sul-vietnamita ocupadas pelos guerrilheiros. Na França, 50 mil estudantes passam em cortejo pela zona sul de Paris, evitando o Quartier Latin, na presença da polícia. O cortejo sobe novamente a avenida Champs-Elysées até o Arco do Triunfo. Um protesto é organizado ao redor do monumento diante da tumba do soldado desconhecido, lugar de cerimônias oficiais importantes da república. No caminho de volta, a Unef ordena a dissolução da manifestação, mas os militantes maoístas atacam a polícia e conseguem convencer outros manifestantes em enfrentamentos que duram até a manhã do dia seguinte. Nos EUA, atrito entre Robert Kennedy e Eugene McCarthy, os dois líderes da esquerda do partido democrata. Kennedy ganha as duas provas mais importantes: as eleições em Indiana e as da capital, Washington. 8 de maio - No Oriente Médio, patrulhas israelenses são atacadas no Sinai e na Galiléia. Após os enfrentamentos de Karameh, em 21 de março, a resistência palestina aumentou enormemente suas forças e intensificou as infiltrações nos territórios ocupados e no Estado de Israel. Na França, o governo se compromete a reabrir Sorbonne e Nanterre se a desordem não se repetir. À noite, um cortejo de 30 mil pessoas desfila no Quartier Latin. No fim a Unef impõe a dissolução para respeitar o pacto com as autoridades. Na Tchecoslováquia, um documento para a agência soviética Tass ataca alguns jornais tchecoslovacos na seqüência das acusações contra os serviços de segurança russos da morte do ministro Masaryk em 1948. O "dossiê Masaryk", classificado como "suicida", tinha sido reaberto por insistência dos estudantes. 9 de maio - Logo após chegar a Paris, Xuan Thuy, chefe da delegação norte-vietnamita, reclama a suspensão dos bombardeios americanos e afirma que durante a primeira fase das negociações, ele representará também a FNL (Frente Nacional de Libertação) sul-vietnamita. Na França, o reitor reabre Sorbonne e Nanterre, mas a polícia não abandona a universidade. À tarde, diante de um protesto de milhares de estudantes, a secretária da SNE-SUP, uma central sindical, se autocrítica por ter procurado um acordo com o reitor. Louis Aragon, um dos principais intelectuais do PCF, é recebido com irreverência pelos estudantes quando se dirigia a eles na Sorbonne. Ele promete abrir a eles a revista que dirige, "Lettres françaises".Na Itália, greve na Marzotto de Valdagno, onde as negociações são novamente interrompidas. Entre as 19 pessoas presas em 19 de abril, 12 ainda se encontravam na prisão. Na Tchecoslováquia, após um encontro de cúpula improvisado entre cinco países do Pacto de Varsóvia em Moscou, apelos preocupados da Rádio Praga. Os dois países reformistas, Tchecoslováquia e Romênia, se abstêm. A delegação da Alemanha Oriental lidera um ataque contra a Primavera de Praga. 10 de maio - Na África, sete líderes da oposição são assassinados numa emboscada no Sudão meridional. Entre eles se encontra William Deng, presidente da União Nacional Africana, o principal grupo de oposição. Na França, um cortejo de protesto desfila diante da prisão de Santé. A polícia bloqueia pontes na margem direita do Sena, os estudantes ocupam o Quartier Latin e formam dezenas de barricadas. Às duas horas, depois de horas de negociação, a polícia ataca as barricadas. Os enfrentamentos são muito violentos e duram até a madrugada. Na Itália, a faculdade de letras de Pavie é evacuada após 43 dias de ocupação. Na vigília, cinco estudantes tinham sido denunciados por violência contra o reitor. Em Pérouse, o reitor faz erguer a bandeira a meio-mastro a fim de protestar contra a violência dos estudantes. É constituído em Roma um comitê nacional contra a repressão. O cineasta Pier Paolo Pasolini adere ao comitê, que participa da manifestação nacional do movimento em Pise. Na Grécia, o líder de esquerda Giorgio Tsarouha morre em Salônica, após sua prisão, oficialmente de um ataque cardíaco. Para a oposição, se tratava de um homicídio. Tsarouha já tinha sido violentamente espancado pelos fascistas em 1962 durante a agressão que provocou a morte de Lambrakis. É aberta a Conferência de Paris entre os Estados Unidos e o Vietnã do Sul.

Plebiscito Nacional sobre o REUNI

Faltando menos de um mês para o plebiscito, estudantes do Brasil inteiro já se preparam para dizer não ao REUNI de Lula.
O movimento estudantil em 2007 tomou grandes proporções principalmente pela luta nas universidades federais contra o decreto de Lula, o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).
Desde o inicio das mobilizações de 2007, os estudantes exigem um amplo debate dentro da comunidade acadêmica sobre o Reuni, mas o que na verdade aconteceu foi a aprovação desse projeto em diversas universidades federais por meio do autoritarismo das reitorias e muitas vezes com o apoio da repressão policial contra os estudantes que se colocavam contra o decreto.
Diante disso, o movimento estudantil não aceitou se calar e agora está organizando um Plebiscito Nacional sobre o REUNI para a semana de 26 a 30 de maio.
Além de aprofundar o debate do REUNI, o plebiscito pretende trazer para a discussão as universidades particulares, estaduais, as escolas secundaristas, os professores e técnicos administrativos.A expectativa é que sejam recolhidos mais de 100 mil votos, provando que a comunidade acadêmica é contra esse projeto de sucateamento da universidade pública e que os estudantes não estão dispostos a deixar esse ataque chegar à sala de aula.
Veja e entenda as perguntas:
1. Você concorda com o REUNI, um decreto do Governo Lula que entre outros ataques, acaba com a autonomia das universidades federais e as obriga a dobrar o número de alunos por professor, acabando com o ensino e a pesquisa de qualidade?
O Reuni é um projeto que prevê aumento de vagas utilizando a mesma infra-estrutura (salas de aula, laboratórios, RUs) e a mão-de-obra (professores, técnicos) que já existe nas federais. Alguns pontos do projeto obrigam as universidades a aumentar a relação de aluno/professor de 12/1 , que hoje é a média nacional, para 18/1. Ou seja, quase dobra o número de estudantes e deixa as salas de aula lotadas.
Além disso, o projeto obriga as universidades a terem uma taxa de diplomação de 90%. Para exigir isso e outras metas que sucateiam a qualidade da universidade pública, o MEC oferece uma verba que não é suficiente para essa ampliação.
2. Você concorda com a estrutura antidemocrática dos órgãos de decisão das universidades e escolas que permite que o REUNI e outros projetos sejam aprovados sem um debate mais amplo na comunidade acadêmica?
O Reuni foi aprovado dentro dos Conselhos Universitários, que são as instâncias máximas da decisão das universidades. Neste espaço há professores, estudantes, técnicos e representantes da comunidade externa. E entre todos esses, 70% são de professores, o que facilita que ataques como o Reuni sejam aprovados. Além disso, na maioria das vezes a comunidade acadêmica não fica sabendo das mudanças que são discutidas na universidade, apenas é informada quando essas já foram aprovadas.
3. Você é a favor do projeto de Fundações Estatais de direito privado que transfere para a iniciativa privada a função de administrar hospitais e instituições publicas, precarizando o trabalho, reduzindo a democracia interna nas decisões, abrindo espaço para a cobrança pelo atendimento nessas instituições?
As fundações estatais de direito privado permite, por exemplo, que os Hospitais Universitários aluguem leitos, cobre por consultas médicas, por internação e inúmeros outros serviços. Construa o plebiscito em sua escola! Entre em contato com a UESC!!!

Reitoria da UNB Ocupada !!!

Desde quinta feira (03/04), a Reitoria da Universidade de Brasília está ocupada pelos estudantes. O motivo que culminou nesta importante manifestação foram os escândalos envolvendo a Reitoria da Universidade. Desde o início das aulas, os estudantes já estavam se organizando e debatendo esses escândalos, como o gasto de quase meio milhão de reais para mobiliar o apartamento funcional do Reitor, os desvios de recursos da Funsaúde e da Editora da UnB, além do abuso no uso dos cartões corporativos. Essa situação foi uma gota de água em um copo já quase transbordando. No ano passado, além da completa abstenção da Reitoria da UnB sobre os casos de racismo que ocorreram na casa do Estudante, esta mesma Reitoria corrupta aprovou o REUNI sem nenhum debate com a comunidade acadêmica. Este projeto ataca o ensino de qualidade, não garante verbas suficientes o que acaba por estimular a presença de Fundações privadas dentro das universidades públicas. Como estamos vendo, as Fundações além de atacarem o caráter público da universidade, atuam de maneira corrupta em conjunto com as Reitorias.Como exemplo das fortes lutas do ano passado, os estudantes da UnB se utilizaram do mesmo método e hoje possuem o controle do prédio da Reitoria. A assembléia de hoje, 07/04, contou com a presença de 1300 estudantes. É necessário que a luta da UnB encampe a luta contra o REUNI de Lula, pois a luta pela queda do Reitor e Vice-Reitor é uma luta em defesa da Educação Pública, portanto nada mais coerente do que incorporar uma pauta de luta nacional que ocasionou a onda de Ocupações nas Universidades Federais no segundo semestre de 2007.

O Decreto de Lula, o REUNI foi aprovado em vários Conselhos Universitários pela via mais antidemocrática possível, desde votações que não ocorreram, passando pela realização dos Conselhos em locais escondidos da comunidade acadêmica, chegando à utilização da Polícia para reprimir os estudantes. Essa estrutura antidemocrática das Universidades é que permite a aprovação de projetos como o REUNI e a manutenção de gestões corruptas nas Reitorias, como é o caso da UnB.
A Conlute não só apóia como está engajada na construção dessa Ocupação. Nossa Coordenação está disposta a retomar as lutas do ano passado e fazê-las crescer ainda mais, afinal os ataques à Educação continuam. Não queremos que a luta pare enquanto não pararem os ataques e também não vamos parar de lutar enquanto não vermos a concretização de um projeto de Educação e Universidade completamente distinto dos projetos de Lula e de Reitorias corruptas como da UnB.
Apesar da traição completa da União Nacional dos Estudantes, que apóia o REUNI e quer desvincular a luta da UnB da luta mais geral em defesa da Educação Pública, o movimento estudantil combativo e independente segue forte e com novas perspectivas de organização e luta.
Todo apoio à luta da UnB!
Fora Reitor e Vice-Reitor da UnB!
Pela realização de eleições diretas e paritárias!
Paridade em todas as instâncias de deliberação da Universidade!
Fora Fundações Privadas!
Não ao REUNI de Lula e FMI!